Na Dermatologia Veterinária Este termo “displasia epidérmica” indica um desenvolvimento anormal dos queratinócitos, células da epiderme, somado a uma hipersensibilidade exagerada à levedura Malassezia sp, microrganismos sapróbios da pele dos cães e dos gatos.
Alguns autores suspeitam que a origem deste defeito na renovação epidérmica e da resposta exacerbada à Malassezia, tenha uma origem genética e hereditária, determinada por uma herança recessiva autossômica ainda não identificada. Porém, há controvérsias neste ponto, pois alguns pesquisadores observaram que cães Westies com diagnóstico de displasia epidérmica, obtido mediante exame histopatológico de biópsia cutânea, que foram tratados com xampus desengordurastes e antifúngicos, bem como antifúngico e antibiótico orais, mostraram uma melhora acentuada do quadro clínico e, no novo exame dermato-histopatológico de espécimes colhidas 4 meses após o início do tratamento, houve uma mudança no padrão histológico, para o de uma dermatite perivascular superficial. Estes achados permitiram concluir que a displasia epidérmica é uma ração inflamatória de hipersensibilidade cutânea à antígenos da Malassezia sp, ou ainda resultado de um excessivo auto-traumatismo, e não uma distúrbio congênito de queratinização.
Os sintomas clínicos desta doença são pele oleosidade cutânea (seborréia) , descamação, Alopecia (perda do pelame) , acompanhados de prurido (coceira intensa) à medida em que a infecção fúngica se instala. A pele se torna espessa (hiperqueratótica) , escura (hiperpigmentada) e com odor rançoso desagradável, nos casos crônicos.
O quadro se inicia por volta dos 6 aos 12 meses de idade , inicialmente na região facial (cefálica), abdominal e das extremidades dos membros, se espalhando por todo o corpo. Normalmente vem acompanhado de uma excessiva produção de cerume em orelhas (meatos acústicos), prurido ótico e piodermite secundária.
O diagnóstico é dado mediante o exame histopatológico de biópsia cutânea, somado aos sintomas e lesões observados.
Dermatologia Veterinária – O prognóstico desta afecção é bastante reservado, uma vez que os casos crônicos respondem pobremente à terapia, havendo necessidade de manutenção perpétua de medicamentos que aliviem os sintomas, uma vez que não há cura definitiva.